Quais são os princípios gerais dos Grupos de Trabalho Temáticos (GTTs)?

As diretrizes para estruturação, dinâmica, acompanhamento e avaliação dos Grupos de Trabalho Temáticos (GTTs) do Instituto de Estudos Avançados e Estratégicos da Universidade Federal de São Carlos (IEAE – UFSCar) seguem o que está previsto em seu Regimento Interno para estabelecimento e organização dos Grupos de Trabalho Temáticos, detalhados no seu Capítulo III (https://www.ieae.ufscar.br/arquivos/regimento-interno2021.pdf). Assim, cada GTT deverá contribuir para a consolidação dos princípios e objetivos do IEAE, compreendendo e colaborando com seu funcionamento, a partir da organização holárquica1 proposta para a dinâmica de atuação do IEAE e dos fundamentos e conceitos do Paradigma da Complexidade e dos preceitos da Inteligência Coletiva em que ela se baseia. Nesta perspectiva, cada GTT é um típico sistema complexo adaptativo2, organizado na forma de redes de colaborações para garantir um fluxo de informações adequado que propicie o desenvolvimento e aprimoramento da Inteligência Coletiva de forma a conectar os seus integrantes com as comunidades interna e externa à UFSCar. Portanto, propõem-se que o funcionamento de cada GTT se baseie nos seguintes preceitos: 

- auto-organização interna; e

- interdependência aos princípios e à estrutura e dinâmica do IEAE.

A auto-organização interna de cada GTT significa que seus membros têm autonomia para definir sua composição e plano de ações, baseados nos princípios de autogestão. Por sua vez, a interdependência aos princípios e à estrutura e dinâmica do IEAE implica que cada GTT deverá seguir as diretrizes gerais do IEAE estabelecidas pelo  “Regimento Interno do IEAE-UFSCar”, especificamente no seu Capítulo III (disponível em: https://www.ieae.ufscar.br/arquivos/regimento-interno2021.pdf) e pelo documento “Diretrizes para estruturação, dinâmica, acompanhamento e avaliação dos Grupos de Trabalho Temáticos (GTTs) do Instituto de Estudos Avançados e Estratégicos da Universidade Federal de São Carlos (IEAE – UFSCAR)” (disponível em: https://www.ieae.ufscar.br/grupos-de-trabalhos-tematicos/diretrizes-documento)

Dependendo da abrangência do escopo de sua temática e/ou número de integrantes de um GTT, deve-se avaliar a possibilidade de que, para fins operacionais, ele se auto-organize em subgrupos, cada um responsável por uma frente de trabalho (FT) relacionado ao tema geral do GTT. Assim como na relação entre GTTs e outros níveis holárquicos do IEAE e da UFSCar, cada FT deverá ser pautado pela auto-organização interna e interdependência aos princípios e à estrutura e dinâmica do IEAE.


¹ O termo organização holárquica está relacionado aos conceitos de ‘hólon’ e ‘holarquia’, criados por Koestler (1967). Conforme apontado por Mella (2009), “Koestler viu o hólon como um todo que faz parte de um todo mais vasto, e que ao mesmo tempo contém elementos, ou sub-partes, de que é composto e que fornecem sua estrutura e significado funcional” (https://www.researchgate.net/publication/270338868_The_Holonic_Revolution_Holons_Holarchies_and_Holonic_Networks_The_Ghost_in_the_Production_Machine). Assim, de acordo com Koestler (1969), “cada hólon tem a tendência dual de preservar e afirmar sua individualidade como um todo quase autônomo; e funcionar como uma parte integrada de um todo maior (existente ou em evolução).” (https://www.panarchy.org/koestler/holon.1969.html). O aninhamento de hólons em diferentes níveis de organização é chamado de ‘holarquia’.

 ² Sobre sistemas complexos adaptativos, ver:

- HOLLAND, J.H. Studying Complex Adaptive Systems. Journal of Systems Science and Complexity, 19:1-8, 2006. Disponível em: https://link.springer.com/content/pdf/10.1007/s11424-006-0001-z.pdf 

- FURTADO, B.A. et al. -  Modelagem de sistemas complexos para políticas públicas. Brasília, 2015. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&id=25860&Itemid=383